
That's my girls! O Dia da Mulher passou, e eu como sempre atrasada, morrendo de estudar e de trabalhar mas não deixo de vir aqui, já que o mês ainda continua e nunca é tarde pra falar das personagens badasses que amamos, ao menos não aqui no blog. Se o Dia da Mulher simboliza não o fato de se ter nascido mulher e merecer um "parabéns" por isso, mas sim um lembrete de por qual motivo ele ocorreu, de que a nossa luta, assim como na virada do século passado, ainda continua, ninguém melhor pra falar sobre do que essas mulheres incríveis, que nos inspiram a continuar lutando por nossos ideais e direitos, desde muito tempo atrás, numa galáxia muito distante, por nosso lugar ao sol ou onde quisermos. Tirando o primeiro lugar, todas as outras foram por ordem de ENTRADA na minha vida, e não de importância tá? Então tá.
1 - Princesa e General Leia (Star Wars)
Como iniciar qualquer lista de personagens chutadoras de bundas sem falar dela? A responsável pelo fim da mocinha em perigo e indefesa que precisava ser salva nas ficções cinema e livros afora. O orgulho e ícone de qualquer mulher fã de Star Wars. A princesa enfezada que mudou os rumos da galáxia, sem a qual Luke e Han ficariam perdidos. A opção da qual Obi-Wan falava, caso Luke falhasse em sua missão (e, sinceramente? Se ela tivesse sido a escolhida, as coisas teriam sido resolvidas na metade do tempo né kiridosss). Senadora, fundadora da Aliança Rebelde, General da Resistência, Leia aguentou muita porrada na vida, começando por ser adotada até ser torturada pelo pai biológico sem saber que o era, ver seu planeta de criação ser destruído diante dos seus olhos, ser feita de escrava por uma lesma gigante, ter que encarar o fato de que o filho foi para o Lado Negro e, pra finalizar, matou seu próprio pai (MAS KYLO É MEU MARIDO E IREI PROTEGÊ-LO). Mas ela aguentou. Não quer dizer que ela não sofreu, que ela não ficou cansada, mas ela AGUENTOU. Não desistiu. Em plenos 1977, uma personagem dessas, bicho. Que era princesa mas não precisava ser salva, e sim, salvou seu pretendente. Que pensava, agia e fazia, comandava, liderava. A imagem de Leia com uma blaster na mão, sentando o tiro em quem ou o que for preciso, é uma das lições sem precisar de qualquer palavra que eu levo pra vida.
2 - Mulan (Mulan)
Meu filme favorito da Disney desde que eu vi no cinema aos 6 anos e fiquei apaixonada, minha "princesa" favorita da Disney (opa, já que Leia também virou princesa da Disney, temos um empate técnico? Hahaha). Mulan tentou se ajustar ao papel que esperavam dela como mulher na sociedade: aprender várias coisas tidas como importantes pra se casar. Mas ela não era esse tipo de mulher, que se encaixaria bem nessa situação. Como fingir ser algo que não era? Como conseguir ser algo que não era? Tudo era uma confusão, e pra piorar, seu pai corria risco de vida ao ser convocado pra guerra. Então ela simplesmente não ficou lá sentada esperando que isso o levasse embora. Sendo ela mesma, mais do que nunca, ela deu um jeito e fez sua parte a despeito do que pudessem pensar de sua posição social como mulher. Se disfarçou pra que seus feitos importassem mais do que seu gênero. E, repito, continuou sendo ela mesma, mais do que sendo submetida a uma casamenteira. DEU UM DURO DANADO, se esforçou, aprendeu tudo o que podia. Gente, o que é aquela cena de todo o processo até ela pegar a flecha no topo da tora de madeira? O QUE É AQUILO?? É a inspiração PRA VIDA. Mulan só confirmou o que todo mundo admitiu no fim do filme, o gênero absolutamente NÃO IMPORTA. Ao menos, não poderia nunca importar naquela hora onde ela salva a bunda de todo mundo, né? A China foi salva por uma mulher que lutou pra caramba E ~PENSOU~ pra caramba, lidem com isso, chineses.
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Créditos: Leitor Cabuloso |
3 - Morgana (As Brumas de Avalon)
Já que a lista envolve coisas favoritas, impossível não falar da protagonista dos meus livros favoritos (e se você só viu o filme, DESVEJA pois os livros são infinitamente melhores - eu nunca vi uma adaptação TÃO RUIM na minha vida, só usei a foto da Morgana do filme porque gostei especificamente dela e porque non ecziste outra adaptação até hoje). Morgana acompanha a história principal de Avalon que culmina em tornar Artur, seu irmão, o novo rei da Bretanha, cuja missão seria não deixar a Antiga Religião morrer. Não vou me ater muito nos detalhes aqui além de que Artur é um frouxo, e Morgana é a narradora e espectadora principal de tudo que acontece. Ela é ciente de sua missão como irmã e orientadora de Artur, como sacerdotisa... Ela carrega um peso e responsabilidade enormes nas costas. É sábia, inteligente, dedicada no que faz, perspicaz e independente. Nem tudo dá certo pra ela, não por culpa dela própria mas ela tem que arcar com a consequência das merdas dos outros. E nisso ela tenta salvar Avalon, sua religião, seu irmão e a si mesma. Ela tem uma força semelhante à da Leia no sentido de não se deixar abater, ir em frente de qualquer jeito, se adaptar. Vai com medo mas vai. As falas dela, principalmente no fim do livro, são algumas das coisas mais lindas que eu já li na vida.
4 - Claire (Outlander)
Outlander foi a minha melhor descoberta literária dos últimos anos e se você quer saber os mil motivos pra isso, leia a resenha do primeiro volume aqui. Porque gente, é frustrante quando você descobre uma série maravilhosa e a protagonista é uma tonta! Quem nunca, né? A gente não deixa de gostar, mas fica faltando um dos pontos principais pra tudo ficar perfeito. Porque uma das coisas mais importantes numa boa leitura, pra mim, é criar uma identificação com a protagonista. Isso torna o livro mais real, mais visceral, seja lá qual for a história, você se vê ali de uma forma mais concreta. Mas graças à Deusa, em Outlander esse problema não existe. Claire é, junto com essas outras maravilhosas que citei, a protagonista dos sonhos de qualquer leitora (a não ser, claro, que você goste das mocinhas sonsas, aí não posso fazer nada né kirida? Só lamentar)! Saída diretamente do fim da Seg. Guerra Mundial, depois de ter trabalhado como enfermeira, ela e o marido viajam para a Escócia para retomar o casamento, MÃSSS, num passeio ela é muito loucamente jogada direto na Escócia de 1743! E o que pode ser de uma mulher forte, inteligente, corajosa, teimosa, perspicaz, com um senso de humor e ironia maravilhosos (gente, sério, eu rio muito com ela) num lugar isolado desses, EM PLENO SÉC. XVIII?! MANO DO CÉU NÉ? Tem que ler Outlander, gente, TEM QUE LER. E eu não quero dizer somente do primeiro livro porque nos seguintes ela continua a mesma personagem ÓTIMA, bem construída, imperfeita mas, por isso mesmo, real, que deixou um certo escocês ruivo aí, desacostumado com esse tipo de lass (moça, naquele dialeto escoinglês), totalmente apaixonadinho. COISA MAR FOFA ESSES DOIS. ♥
Bem gente, por hoje é isso. Perdoem a demora, tenho várias resenhas de livros e produtinhos legais na manga e um lay novo pronto pra ser trocado, já já vai sair.
Beijosss :*